domingo, 19 de julho de 2009

Retiro dos Catequistas

Estamos neste momento a realizar o nosso retiro anual no ICRA, em alusão ao DIA DO CATEQUISTA. O principal objectivo deste retiro espiritual é levar os catequistas a experimentarem ou a refazerem o CAMINHO DE EMAÚS (cfr.Lc 24, 13-35 ), e tentar transportar esta experiência para a catequese.
O retiro teve inicio na nossa paróquia com uma concentração as 7h e de seguida juntos caminhamos para o local animados e ansiosos por mais um encontro em que teríamos a oportunidade de fazer algo que a muito já não fazemos PARTILHAR. As 8h.40m chegamos ao local entoando canções de jubilo e de animação.
Após a oração inicial dirigida pelo nosso paciente Paróco Pe. Manuel, demos início a 30m de dinâmicas diversas de animação que no fundo serviram para nos preparar para a experiência que iriamos a seguir viver.
Vivemos nesta altura um momento de reflexão profunda e de partilha do que ouvimos na leitura biblíca.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Experiência humana



Toda a comunicação de Deus, toda a catequese, começa por encontrar a pessoa onde ela está.
Na sua vivência, na sua experiência.
A experiência da fé tem como ponto de partida a experiência humana.
Pode ser uma experiência:


EVOCADA. Algo que aconteceu a alguém mas que me poderia ter acontecido a mim. E que. por isso, tem que ver com a minha vida.


VIVIDA. Algo que me aconteceu a mim ou a alguém do grupo.


PROVOCADA. Algo que o catequistas faz experimentar durante a catequese e que nos faz olhar para a vida e pensar nela.


São preferíveis as experiências mais intensas do que as débeis, que nos deixam indiferentes.
São preferíveis as experiências que envolvem um maior número de capacidades dos catequizandos.


A análise da experiência pode fazer-se assim:
1. Ver o acontecimento;
2. Aprofundar o que está por detrás do acontecimento;
3. Ampliar o olhar para generalizar a experiência pessoal e verificar a ligação dessa experiência com a experiência das outras pessoas.


As experiências que usamos para começar a catequese podem ser de vários tipos: o jogo, o desenho, as encenações, o questionário, o testemunho vivo de irmãos, o testemunho dos santos, a canção, a expressão corporal, as dinâmicas de grupo...

Como se Preparar Para Dar Catequese?





  • Confia naquele que te chama. Se Deus conta contigo para realizar a sua obra, também tu deves contar com Ele, em todos os momentos, pois toda a graça procede d’Ele.

  • Comunica o que vives. Sabes mais do mistério de Deus pelo que vives com fé do que pelo que estudaste.

  • Aprofunda o que ensinas. Ninguém pode substituir o trabalho pessoal. Tens de encontrar tempo para estudar, meditar, dialogar e orar.

  • Utiliza o guia pedagógico. Passo a passo, dia a dia, aprende-se a dar catequese. Utiliza os meios ao teu alcance com simplicidade e paciência.

  • Prepara a catequese com outros catequistas. Precisas da vida e da experiência dos outros catequistas. A evangelização é missão de toda a Comunidade Cristã. Aproxima-te dela com desejo de aprender dos irmãos.


Quando parece que tudo corre mal... repete uma e muitas vezes:



“Nada te perturbe. Nada te espante. Tudo passa. Deus não muda. A paciência tudo alcança. A quem tem Deus, nada lhe falta: Só Deus basta!”



Santa Teresa de Jesus

Catequista: que missão?


Qual é a missão do catequista na Igreja?

Não há muito tempo, a catequese que se fazia, não apresentava grandes exigências à pessoa do catequista. Era suficiente que soubéssemos “pegar no catecismo” e “explicar” um pouco as respostas. Mas hoje, todos sabemos, que não sucede assim. Por isso, é bom, de vez em quando, pensar sobre a nossa missão de catequistas.


No mundo e na Igreja mudaram muitas coisas


Melhorou o conceito que a pessoa humana tem de si própria, avançou-se na compreensão da fé e da revelação de Deus, aperfeiçoaram-se os métodos pedagógicos, descobriu-se uma nova forma de evangelizar.

Tudo isto afectou a catequese. Mas esta catequese de que precisam as pessoas e a Igreja de hoje, exige dos catequistas uma maneira de ser e umas qualidades muito definidas.

“O catequista é um mediador que facilita a comunicação entre as pessoas e o mistério de Deus, dos sujeitos entre si e com a comunidade. Por isso, deve empenhar-se, a fim de que a sua visão cultural, a sua condição social e o seu estilo de vida não representem um obstáculo para o caminho da fé, criando antes as condições mais adequadas, para que a mensagem cristã seja procurada, acolhida e aprofundada” (DGC 28).

O catequista ideal não existe.

O catequista não nasce, faz-se. A catequese exige um bom catequista e é preciso não ter medo de ser exigente. Com a convicção que nos vamos formando pouco a pouco.

É importante recordar, para nos animar, o trabalho silencioso, humilde e generoso de tantos catequistas simples que vão transmitindo a sua fé aos outros.

“O catequista será, antes de mais, testemunha privilegiada da fé cristã, pois só a partir da própria experiência de fé poderá acompanhar e ajudar os outros na sua própria caminhada. Assim como Cristo ensinava com toda a sua vida, também o catequista tem de testemunhar com a vida, a mensagem que transmite. (…)

Catequista competente

Além de testemunha, o catequista é também aquele que sabe ensinar, aquele que pela sua preparação qualificada, é capaz de apresentar a riqueza da mensagem de Cristo como Boa Nova para as pessoas de hoje.
Por isso, deve conhecer o que ensina, ter um conhecimento global e actualizado da Mensagem Cristã; e precisa também de saber como ensinar, ser pedagogo. (…)
Finalmente, tendo em conta que a catequese deve iluminar a vida e levar a fé à vida, educando no compromisso e solidariedade com os problemas humanos, o catequista tem de ser sensível aos problemas reais das pes-soas, ter capacidade para ler os sinais dos tempos e estar comprometido na procura da sua solução” (Formação de Catequistas. Plano de acção, pp.55-57).
À luz dos documentos podemos fazer sobressair alguns traços característicos da missão do catequista:

-um enviado de Deus, através da Igreja, a ser portador da Boa Nova do Evangelho ao mundo de hoje;

- mestre que ensina (sabe) e educador que sabe ensinar, acompanhar e conduzir;

- testemunha que vive a fé que anuncia na própria vida, de modo que o seu exemplo dá credibilidade à mensagem que proclama.


Fonte: Edições Salesianas